terça-feira, 6 de outubro de 2009


"COLUNA DA GALERA DO GBB"


Rio de Janeiro terá Centro de Treinamento para as Olimpíadas, garantiu CBT.


Por Fabrizio Gallas

 
Presidente da Confederação Brasileira de Tênis, Jorge Lacerda, concedeu entrevista ao Tênis News no dia 16 de setembro dizendo que o Rio de Janeiro receberá um Centro de Treinamento com até 20 quadras com a sede dos Jogos Olímpicos confirmada para 2016. Veja a entrevista!


O CT é um sonho para o desenvolvimento do esporte no país e Jorge garante que São Paulo em breve também terá o seu.


Na entrevista, Jorge faz um balanço de seu mandato, renovado em março deste ano, comenta sobre o duelo Brasil x Equador, e dos projetos para o tênis feminino que pode ganhar um patrocinador até o fim do ano.


Tênis News - Como você avalia a estrutura aqui do Ginásio Gigantinho em comparado com outras Davis como Sorocaba (Brasil x col6ombia no ano passado) ?


Jorge Lacerda - Quando se consegue trabalhar em um local onde a estrutura está praticamente montada fica mais fácil. Em outras Davis até a véspera dos jogos tinham vários ajustes e o pessoal batendo martelo. Então está tudo bem organizado, a quadra está boa, o local foi o que os jogadores escolheram, lugar não tão quente, ao nível do mar, está dentro do planejado.


TN - Qual o custo dessa Davis ? Tivemos problemas com essa questão financeira em outros eventos como Belo Horizonte em 2006. JL - Mudamos nosso sistema de fazer os contratos. Antigamente nós cobravamos e faziamos o evento, mas no final dava problema pois o custo aumentava. Agora é o contrário, nós contratamos uma empresa que faz todo o investimento como parte de transporte, hospedagem, estrutura e eles nos pagam R$ 280 mil que vai pra confederação e ficam para investimentos em nossos projetos como a questão das passagens dos jogadores, realização de torneios juvenis, Brasileirão, challenger de Brasília, acoplados com o patrocínio dos Correios.


TN - De acordo com o ranking dos jogadores, o Brasil é favorito para o duelo contra o Equador. Como o senhor vê essa eliminatória ? JL - Não vejo como favorito pois o Equador está com um time forte, o Nicolas está voltando a jogar um ótimo tênis. O Brasil tem sim uma vantagem em jogar em casa com as condições que escolheu. Mas nosso time está renovado e também é forte. Temos uma ótima dupla, um Bellucci jogando bem como o Marcos e temos também o Thiago Alves que fica como opção. Hoje temos cinco ou seis entre os 100 do mundo contando duplas, é um momento que essa gurizada está subindo e um dos motivos é o investimento em eventos como challengers.


TN - Qual o incentivo que a CBT dá para a realização de challengers ?


JL - Não temos uma proposta formalizada para fazer os challengers em termos de incentivo assim como damos nos futures. Alguns challengers entramos com patrocínio dos Correios como Belo Horizonte e Brasília que estreou nesse ano. Queremos dar um upgrade, talvez aumentar a programação e trazer jogadores melhores para DF no ano que vem pois é importante já que é o local da sede dos Correios.


TN - No caso do Brasil vencer o Equador e jogar em casa no Grupo Mundial em 2010, existe alguma cidade engatilhada ou postulante a ser sede ?


JL - Ainda não. Normalmente o que fazemos é dar prioridade pra última sede no Brasil, mas vai depender primeiro se o Brasil ganhar do Equador, depois do sorteio e o adversário, já que depende de nossos oponentes para escolher o local se vamos jogar ao nível do mar, na altura, no calor ou não.


TN - O Rio de Janeiro é um dos favoritos para receber os Jogos Olímpicos. A cidade sede será anunciada no dia 2 de outubro. Caso confirmando a cidade carioca, como será a estrutura do tênis ? Ficará no improviso que nem no Pan-Americano ?


JL -O COB apresentou um projeto pra nós, sentamos com Federação Internacional, fizemos alterações que a ITF pediu e o COB aprovou o projeto. Tendo os Jogos Olímpicos ganharemos o Centro de Treinamento na região onde está o HSBC Arena nas redondezas do Autódromo em Jacarepagua.


TN - Como seria esse CT ?


JL - Seria algo bem amplo, de 15 a 20 quadras com duas quadras centrais pros jogos mais importantes, algo que não ficaríamos devendo pra nenhum lugar do mundo. O COB me disse que o CT deve sair independente se tenha ou não Olimpíadas aqui, mas fica garantido se tiver Olimpíada. Tivemos reunião na ITF em julho com mais de 180 países e quase todos deram o Rio como favorito. Acho que o projeto do Brasil está muito forte e dessa vez vai.


TN - Independente de tenhamos ou não os Jogos no RJ, quando que esse projeto do CT sai do papel e quando estará pronto ?


JL - O projeto está pronto, pra construir demora uns 5 ou 6 anos e temos que deixá-lo pronto um ano antes pelo menos por determinação do COI. As quadras vão rápido, o que demora mais é a estrutura em volta. Temos a pendência da desapropriação da área do Autódromo onde há uma briga com a Confederação de Automobilismo, então estamos nessa expectativa. Estamos trabalhando pra fazer um CT em São Paulo, até o fim do ano definimos o local, temos dois lugares em estudo.


Não existe país no mundo que não tenha uma boa base sem um CT. E vemos essa sede como SP pra ter um CT grande pra trazer todos pra lá.


TN - O que justifica o RJ, um estado grande com tradição de competições e vários praticantes, não ter um evento future ou challenger ?


JL - O Rio teve uma alteração de presidente, ele entrou com uma escolinha nova pra garotos, tem o Beach Tennis. O Rio está com projetos da base e foco nos professores. Challenger e future não é a federação do estado que tem que fazer, mas sim os promotores que queiram fazer. O Rio não tem quem promova. Sei que hoje existe o pessoal fazendo o Seniors que é forte no estado. Cada federação tem que buscar seu caminho e o Rio está focando mais na base e daí vão surgir mais praticantes e consequentemente no futuro mais eventos.


TN - O senhor iniciou em março seu segundo mandato que vai até 2013. Qual é a avaliação de seu comando até agora ?


JL - Estamos em um bom caminho. O tênis está com vários tenistas bem rankeados, nunca tivemos esse vínculo dos jogadores com a CBT, temos 12 totalmente vínculados com apoio dos Correios. Temos apoio do Ministério dos Esportes, do COB e nosso objetivo é contruir o Centro de Treinamento pra levar todo mundo pra lá com meta de desenvolver o tênis.


Vamos fazer um projeto semelhante do tênis masculino no feminino com incentivo aos futures entre as mulheres e apoio financeiro à três, quatro tenistas. Hoje buscamos um diferencial no feminino com o apoio do patrocinador que estamos fechando até o fim do ano. E aí, fechando, faríamos no mínimo 20 futures feminino com apoio das confederações onde ofereceríamos parte da premiação. Seria um patrocinador nível master de todas as etapas e isso daria uma movimentada.


Hoje as meninas estão 300, 400 do mundo e nessa tocada elas precisam jogar futures pra somar pontos, ficarem 150,200 e aí partir pros challengers.


TN - E o Emilio Sanchez ? Tem vindo ao Brasil ? Como você está vendo esse trabalho dele na CBT ?


JL - Emilio não vem pro duelo aqui pois tem contrato com a TVE pra comentar a Davis na Espanha, mas ele virá depois em outubro pra nós analisarmos se estamos cumprindo com esse projeto que ele nos passou. Agora estamos ainda trabalhando a parte administrativa e menos na técnica. A partir do tempo que arrumarmos um CT vamos aumentar nosso trabalho com o Emílio, mas aqui não é fácil, mesmo assim acredito que até dezembro terei pelo menos um terreno pra construir o CT.
Esperamos que as promessas se tornem realidade!!!..Abs, PC

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